Atualizamos tudo que aconteceu depois de um mês do ataque ao ônibus do Fortaleza

Um mês após o ataque ao ônibus do Fortaleza, ocorrido na madrugada do dia 22 de fevereiro após o jogo contra o Sport na Arena de Pernambuco, as consequências do incidente ainda refletem entre os atletas, torcedores e o meio futebolístico nacional. Os seis atletas feridos no incidente estão fisicamente recuperados, mas as feridas emocionais persistem.

O site do ge fez um levantamento nesta sexta-feira (22), destacando as medidas, reuniões e ações concretas tomadas desde o ataque, assim como as questões ainda não respondidas.

O incidente ocorreu exatamente às 2h21, conforme aponta o Boletim de Ocorrência realizado pelo Fortaleza. Durante mais de três semanas, as respostas foram escassas até que, há exatamente uma semana, a Polícia Civil de Pernambuco deflagrou a operação “Hooligans”. Foram cumpridos sete mandados de prisão e sete de busca e apreensão domiciliar. No dia 15, três suspeitos foram presos preventivamente por 30 dias. Esta semana, um quarto suspeito também foi detido.

De acordo com a polícia, todos os detidos são membros da Torcida Jovem do Leão e têm histórico de envolvimento em episódios de violência relacionados ao futebol. Os crimes pelos quais são investigados incluem tentativa de homicídio, associação criminosa, dano ao patrimônio e provocação de tumulto. A pena para tentativa de homicídio varia entre 6 e 20 anos de reclusão.

As investigações foram complexas, segundo o chefe da Polícia Civil, Renato Rocha, devido à falta de câmeras no local, a via mal iluminada, o grande número de pessoas e veículos envolvidos, além do uso de capacetes e camisas para esconder os rostos.

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A polícia revelou que utilizou um vídeo prévio ao jogo entre Sport x Fortaleza para identificar os autores do crime, mostrando membros da torcida rubro-negra tentando atacar um ônibus com membros da Leões da TUF, organizada do Fortaleza. Ainda se questiona se esse grupo seria o verdadeiro alvo do ataque após a partida, não os atletas.

A investigação também se concentra na participação de outros membros da Torcida Jovem do Leão no ataque. No dia do incidente, testemunhas relataram a presença de 80 a 100 integrantes desse grupo.

A Polícia Civil de Pernambuco, ao ser procurada para fazer um balanço do primeiro mês de investigações, afirmou em nota que “as investigações seguem para localizar outros envolvidos”, mantendo o sigilo das informações durante o curso das investigações.

Confira a nota oficial do Fortaleza

O Fortaleza Esporte Clube segue acompanhando as investigações, na esperança de que todos os criminosos sejam identificados e devidamente punidos por seus atos. Com indignação, repúdio e tristeza, seguimos como uma voz ativa e permanente em busca de uma melhoria no futebol brasileiro, no tocante ao problema da violência, dentro e fora dos estádios.”