CBF recebe pedido e pode alterar regulamento por causa de atentado ao Fortaleza

A Federação Cearense de Futebol (FCF) propôs à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a inclusão de medidas de segurança no Regulamento Geral de Competições (RGC) de 2024, após o atentado sofrido pelo Fortaleza no Recife. A sugestão visa atribuir aos clubes mandantes a responsabilidade pela segurança das equipes visitantes durante as partidas.

Segundo o documento obtido pelo Diário do Nordeste, a FCF sugere a adição do Artigo XX ao RGC, determinando que o clube mandante seja responsável por garantir a segurança de todos os envolvidos, incluindo delegações visitantes, árbitros e oficiais da CBF e Federação local. O plano de ação deverá ser apresentado a todos os interessados, e o clube mandante deverá providenciar um ambiente seguro para os adversários, incluindo torcida visitante, dirigentes e comissão técnica.

Mauro Carmélio, presidente da FCF, destacou a importância da medida diante do recente ataque ao ônibus do Fortaleza, enfatizando a necessidade de os clubes assumirem responsabilidade pela segurança dos visitantes e agirem contra a violência no futebol.

Participe agora do nosso grupo exclusivo do Whatsapp, Telegram ou acesse nossas comunidades.

Presidente da CBF se manifestou

Por sua vez, Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, declarou ao colunista do Uol, Rodrigo Matos, que a entidade adotará medidas incisivas contra a violência no futebol, incluindo cláusulas específicas no RGC. O ataque ao ônibus do Fortaleza ocorreu após um jogo contra o Sport na Copa do Nordeste, deixando seis jogadores feridos. O Sport foi punido pelo STJD com oito jogos sem torcida, multa de R$ 80 mil e carga de ingresso gratuita quando for visitante, decisão que o clube pretende recorrer.

“A CBF tem tratado tudo que é crime no futebol de forma incisiva. A CBF vai colocar no Regulamento Geral de Competições cláusulas que sejam bem contundentes com relação a esse tipo de violência, assim como fizemos penas muito forte em relação ao racismo”, disse Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF.